Hoje, seu dia! Para mim, todos os dias…
Sou filha, regida, guiada e rodeada por ti.
Seja na maternidade, seja na intensidade do seu fluxo que, espero, seja sem fim.
Nesses dias, sentimos como é forte sua presença vinda do céu. Que vai, por horas e horas a fio, construindo uma canção.
Uma insistência, um desejo de irrigar, de nutrir de limpar, para isso você não escolhe caminho, apenas cai.
O seu fluxo é seu. Você é você!
Me lembra minha mãe biológica.
Sempre presente, atuante quando quer, abundante sempre!
Que amor é esse, minha Nossa Senhora?
Fico sentindo e refletindo, será que esse pulso ancestral pulsa em mim?
Peço por sua beleza, sua arte, seus cuidados. E os recebo. No tempo de Deus.
Parece que eles sempre estiveram aqui, pedindo que suas águas lubrifiquem minhas válvulas, preencham meus potes vazios até que os mesmos transbordem e voltem a você.
E você vira silêncio, calmaria no caos… E novamente o som se faz, quantas formas você tem! Seus profundos lagos, os rios e suas curvas, a força que brota da terra.
Eu sou mistério perto de ti e também doçura, risada de criança que brinca na chuva e se deixa molhar.
Pisando nas poças d'água como a dizer:
Enfrento os meus medos, eles se desfazem quando me deixo inundar.
Mamãe, dia 8 de dezembro, louvo a Ti em meus cantos e me percebo no seu sinal, hoje chuva, amanhã temporal. Sabendo que isso também vai passar.
Bebo água, você não me deixa esquecer.
Ana
Comments