Às quatro horas da manhã, numa segunda-feira, a mente não sossega, os pensamentos fervilham e um grande desejo de mudança se anuncia. O que fazer mediante a tanto caos na sociedade? O componente humano animal está se privando de seus privilégios de pensamento?
Não sei! No entanto, penso que a inquietação sugere que façamos algo para transformar os incômodos que há eras nos assolam. Vamos sonhar outro mundo possível?
Venho por meio desta solicitar uma campanha de paz.
Gostaria de ser ouvida com a voz do coração!
Estimular a competição e a guerra geram pobreza e frustração.
A cada educador cansado, ferido e desestimulado, meu pedido de desculpas.
Também percebo que não fui incluída na roda.
E essa exclusão me entristece.
Sim! Tenho, como vocês, sentimentos e gostaria de ajudar por uma cultura de paz.
Percebo que o sistema tido como normal tem seus problemas e precisam ser discutidos, e essa discussão pode se dar de maneira dialógica.
Muitos de nós enxergam, no ensino público, a única saída.
Entregamos a vocês a oportunidade de transformar socialmente o mundo
através de nossos filhos.
É sabido que criança não namora.
Será que nossas crianças sabem disso?
Será que dialogamos sobre isso ou continuamos resolvendo problemas na escola quando, aos 15 anos, meninas deixam de estudar para gerar filhos que, muitas vezes, são criados pelas avós.
Entregamos a essa jovem a responsabilidade de seus atos, mas quando ela está pequena, estimulamos, mesmo que por brincadeira, o namoro infantil.
O espaço escolar precisa ser visto da mesma forma que a Igreja ou qualquer instituição sagrada.
Temos ouro e diamantes brutos nas mãos com a capacidade de lapidar.
Deixaremos que as pepitas rolem no rio "pois é o curso natural"?
Ou buscaremos maiores ferramentas para evitar a exclusão social?
Sim! Nós somos responsáveis pelos marginais. Aquele que ficou à margem, pois não lhe foi levado o direito de expressar.
Música
Arte
Dança
Esporte
Lazer
Brincadeiras
Alfabetização
Formação humana
Desde quando dar chutes, socos e pontapés foi tido como brincadeira?
Estamos gerando e estimulando uma sociedade raivosa e frustrada.
Como podemos melhorar?
Ao meu ver, integrando comunidade e escola.
Estamos no mês 9 e até hoje apenas uma reunião.
Apenas dois encontros.
E colocamos na conta da pandemia.
Colocamos na conta de um estado/município que, há anos, entrega pouco à nossa comunidade.
No meu sentir, Escola se faz com pais, avós, educadores, merendeiras, faxineiras, motoristas, auxiliares, crianças, eu e você!
Ainda nem falamos dos contadores de histórias, dos griots, dos povos originários.
Não sei você, mas eu estou cansada desse sistema.
A paz só pode reinar quando todos são incluídos.
Vamos mudar?
Ainda nem falamos do amor ….
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Nos inspirarmos, ao invés de gritar para que o vento nos escute.
Ação sentida com o coração.
Vejam que mosaico lindo estamos criando.
Futuros cidadãos conscientes do poder de suas ações da igualdade, da equidade e da liberdade!
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