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Rebeldia pouca é bobagem

  • Foto do escritor: Ana Maria
    Ana Maria
  • 24 de mar.
  • 1 min de leitura



Me sinto cansada, exausta, não valorizada e amada por aqueles que me circulam. 

Ao cair das flores no chão, exalando um cheiro fétido da putrefação, me senti profundamente atacada. 

Ao escolher um filme e perceber que meu filho maior não me dava importância, me senti menosprezada e é muito ruim me sentir assim. Voltando à cozinha, as louças ainda por lavar e eu a organizar o jantar, sou surpreendida por essa tristeza. Me dói o ouvido. Me vem um desejo de fuga ou morte para encerrar, abandonar os planos, me perder, por aí na confiança que os milagres aconteceram como aquele filme visto na adolescência. 

Mas continuo aqui, triste, seca e cada vez mais sentindo que algo não está bem. 

Não sou quem eu sonhava ser, não recebo o que almejava receber e me vejo às pressas para fazer coisas, preencher o dia, alimentar, não deixar que falte e não acho as respostas, sigo em falta e sentindo tudo que eu não queria sentir. 

Isso tudo seria ausência?! 

Ausência da presença de quem passou e deixou marcas existenciais?


Eu, que pensava que era o outro, sou espelhada no meu não agradecimento, na minha eterna transferência de responsabilidades, no meu desejo que me ajudem por obrigação. 

E tenho medo e vejo o medo, sinto raiva e tenho raiva. 

Meu corpo dói e não há licença para adoecer!

Que o céu caia sobre minha cabeça, já não me Gusta saber que não sou quem eu sonhava ser. Esse ser tão inalcançável e inacessível é pura imaginação. O que não é nessa vida?!




 
 
 

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