Diante de tanto retrocesso, avancemos.
Não perderemos o foco, mas aprendemos a sentir a dor profunda que nos atravessa.
Ao imaginarmos que, uma vez dotadas de poder, estaremos imunes ao patriarcado que insiste em nos pensar menores.
Que equívoco esse, não?
Esse lugar feminino que acolhe é morada, é abundante, amoroso, fértil.
Não seria um equívoco?
Tamanha falácia, mais uma vez eu o encontro entristecida e estarrecida, mas não paralisada.
Sinto que minhas palavras podem ressoar, trazer acalento, acalanto àquele que a recebe.
Escrevo por mim e por todas mulheres que em seu cotidiano sentem esse medo.
Observo que a igualdade ainda caminha a passos lentos, mas na melodia faço a valsa e danço o meu ijexá.
Quando me percebo fortalecida.
Ana Maria Pereira
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