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Somos todos Guarani Kaiowá. Viva o manto de Tupinambá!

Foto do escritor: Ana MariaAna Maria


Aqui na floresta densa que ainda teimosa resta, sinto uma fuligem se aproximar.  Vejo a índia gigante em chamas e já não sei a quem culpar.  Remexo-me em um gigantesco corredor onde não sou vista nem ouvida. Balbúrdia de um triste sonho. As pessoas sem ação, sem escuta, sem vontade, sem tônus vital para mudanças. 


É, parece que o tempo parou e que agora só a internet e a IA sabem de nós, nos identificam, gerenciam e até mortificam. Pergunto-me: haveria uma unidade manifesto para casos de morte da mãe natureza como Floyd, Guaranis, Tupinambás, poços de terreiro, LGBTqi+pan?!  O que a tão temerária polícia faz nesses casos?! Ou desfaz?!

Devo aprender tudo isso, libertar-me enquanto que minha Mãe natureza anota em seixos chamuscados por labaredas que ainda ardem implorando cuidados, socorros urgentes,  chamados da ganância. 

E se ela cansar de renascer?! E se chegarmos ao ponto de não mais regenerar?!  E se de tanto assunto torto não houver mais fisioterapia que recoloque tudo no lugar? 



Choques e estalos ouço toda hora. A Lua, eclipsada lá fora, ainda mostra sua luz apaixonada.  Ao seu redor, um círculo de cores,  arco-íris de Dan. Meus amigos físicos explicarão, mas atento mais aos meus presságios, minhas danças aos Deuses das Chuvas e da chegada da primaVera, parente linda e sempre colorida, alegre e bem-fazeja!



Grito calada pela transformação que almejo viver na terra. Ao buscar anteceder-me ao estopim da bomba maior, e respeito uns pelos outros, tessitura eterna de bem viver. Acolher que também pego fogo.

Desejo com esse manifesto cessar o desejo de vingança,

Acender apenas a chama verde de esperança.

 


Irrigar meu sexo de amor ao próximo 

Descobrir e adubar o amor em mim.


Ver florescer tantas penas quanto o manto dos meus ancestrais. Louvar as bênçãos de cada amanhecer. 

Clamar à mãe natureza que nos dê o santo perdão.



Ana,

Com vergonha da humanidade nesses tempos incendiários. 


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