EU, A RODA E ÁRVORE, PASSEANDO PELAS NUVENS …
- Ana Maria
- 30 de jun.
- 1 min de leitura

Gira Mundo, gira Tempo, giro eu movimentando a trava
Roda Girante, Moinho de Cataclisma, rodopio valsante sem cadência
mesmo não sabendo para onde tudo isso vai me desassossegar.
Experimento em meu peito o que já não posso parar: sou peregrina de uma andarilha que corre frouxa, soberana rainha do bom e belo dado pela vida, tão minha vida, que já andei, trilhei, parei na estação, sorvi o sorvete, abandonei as bagagens e segui só, me bastando.
Um bilhete de ida, sem saber qual destino, porque Ele já estava traçado e não quis, nem ousei dar-me ao trabalho: meus ancestres já o haviam obrado.
Assim, os caminhos se saborisam ao vento que prenunciam a chuva e o sol, num arco-íris entesourado de abastança.
Quatro meses de vida nova e muitas certezas aqui manifestadas.
Meu passo estafado, cochichando-me que muito ainda vamos trilhar, recebendo as bênçãos que o mistério dialogava com os antecessores.
Grata ao Orixá da caça pela fartura, grata por ser abastada de alimentos, ideias e ideais, de receber a todo instante a proteção que a vida dá.
Aqueço-me ao ter boas conversas com pessoas desconhecidas e poder olhar nos olhos com inocência e segurança.
Guiada pela intuição, pela Mamãe que partilha comigo amor, fé e cura.
Reconheço meus passos e sou a força divina dessa árvore que fincou meus caminhos com luzes de fé e flores de infindo amor.
Gratidão
Ana Maria, com os pés na terra e a cabeça no céu!
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