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É o Mar

  • Foto do escritor: Ana Maria
    Ana Maria
  • 11 de ago.
  • 1 min de leitura
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A irmã Conceição Evaristo nos ensina sobre escrevivência 


Eu enxergo uma escresofrencia

Pois na força do ódio escrevo para não gritar 

Já muitas madrugadas que durmo quatro horas 

E desperto preparada para sofrer nas linhas desse computador 

Sofrimento e dor viram poesia

Rima que desce os dedos e sobe a virilha

A que potência me deixa a escrita

Rota

Torta 

Inconceitual

Se o que faço é prosa poética 

Não o faço por mal

Foi o tio fugido matador e morrido que em suas letras tortas 

Já me indicou o caminho

E esse nasceu por silenciar a minha voz 

A quem diga que eu falo demais 


Não sabem da missa a metade. 


Voltando a amada Conceição, senhora preta mineira como eu

Já devia ter sido feito um tratado

Que o ouro de Minas São os escritores 

Mas em minas não nos viram

Ficamos debaixo da terra 

Como diamantes escondidos do racismo


Tivemos que sair para ver 

Traduzir e escrever 

Que o silêncio da casa grande 

Agora Congada nas ruas de Teóflo Otoni, Rio Acima e Claudio.


Horizonte é o mar 

De sofrer a esperançar

Calunga e Bantus


Os reconheço. 


Ana Maria desde os começos. 


 
 
 

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