top of page
Foto do escritorAna Maria

As estações do coração

Atualizado: 21 de abr. de 2022

O ato de agradecer, que muito nos é ensinado automaticamente, vem se mostrando a mim pela simples necessidade de expor o que sinto.

Sou grata à oportunidade de viver, uma vez mais, e reconhecer que aqui estou para aprender, partilhar e desfrutar.


Muitas vezes, a vida se apresenta a mim em etapas desafiantes, como o bebê que aprende a engatinhar e sabe que, em breve, irá dar os primeiros passos...

Todos os dias vivemos essa metáfora de dar os primeiros passos… Observando o que nos cerca, é nova a chuva que cai, assim como o homem que renasce após uma noite de sono!


Quando paro para observar o dia e como eu estou com ele, percebo que muita ação acontece. Os sons da natureza, as plantas: o todo!


Nesse período em que estou mais reclusa em casa, em virtude da maternidade, pandemia e necessidade de conexão comigo mesma, tendo tido a oportunidade de voltar a ser poesia.


O lá em mi, si fez sem dó!


Nesse sentido, utilizo a escrita para estabelecer uma conexão com o meu ser essencial. Aquele que busca ser sentido e compartido!

Sim, é possível que o seu ser essencial também precise fluir de dentro pra fora!

Ao compor (parir esse poema) recebi minha lua nova, meu ciclo menstrual, o que gerou a oportunidade de me despir de dores e autocobrança.


Trago aqui a forma possível para mim de compartir. Que ela desperte em você o olhar da criança que observa!



Me despedi do verão, estava precisando já não me encontrava em mim.


O externo já não bastava e algo me chamava a amadurecer…


No mar, algo em mim estava triste, um luto, uma despedida e um pedido:


- Coração do mundo, leva o que já não cabe em mim!

Muito grata pela vida, pela família, pela saúde, por tuas ondas!


Chegando em casa,

a chuva forte, o vento potente e o frio.


A chegada da nova estação.

A natureza dizendo:

- Eu estou mudando, me transformando.


Em mim, mudando, nutrindo

encarando o que preciso internamente,

deixando que o tempo natureza pinte o chão de transmutação.


Nessa época, os dias são iguais às noites,

o céu é uma dádiva,

as estrelas, a lua…


Todo o cosmos atuando na transformação!


Reconectando com minha curandeira, a começar por mim.

Autocuidado é todo o dia!


Chegada do outono.



12 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page